Dos 12 aos 19 anos (+ou-) fiz parte de um grupo na igreja, era muito intenso. Agente fazia a música acontecer(apesar das dificuldades), cantávamos com alegria e prazer pra adorar a Deus, catávamos em varias igrejas, e não dá pra contar o número de apresentações. E no meio disso tudo éramos seres humanos, pior que isso, adolescentes e pré-adolescentes, éramos principalmente nos primeiros anos amigas e rivais, em praticamente tudo. O gênio forte de cada uma. Sem comparação. Foi um tempo muito MUITO muito bom na minha vida que nunca vou esquecer.
Vivi muitas situações de confiança em Deus, experiências fortes com Deus, de ver Deus fazendo vários milagres nas nossas vidas. As circunstâncias mudaram e infelizmente por causa das nossas atividades (cada uma estudando numa hora diferente) tivemos que nos separar, não conseguíamos um tempo incomum pra ensaiar.
Esse grupo viveu varias fases, em uma delas, ainda na 1ª formação, umas de nossas mães providenciou alguém pra nos ensaiar, éramos muito novas, e precisávamos de alguém principalmente que nos ajudasse na parte da técnica vocal, e também acho que nossas mães queriam alguém que colocasse ordem.
Nessa época acho que eu tinha uns 14 anos e as meninas(éramos 5) tinham entre 12 e 16. Essa pessoa que veio ensaiar agente é fera em música, muito boa em técnica, tem uma extensão vocal incrível, foi uma boa mentora espiritual, na época fazia mestrado e trabalhava, era jovem, acho que tinha 28 anos.
Ela vivia querendo entender a todas, dava indiretas. Foi virando meio que confidente das meninas, só que eu não abria a boca. E oportunidades não faltavam, como morávamos perto às vezes eu pegava carona e enquanto ela puxava assunto eu torcia pra chegar logo em casa. Eu notava que isso chamava a atenção dela, não sei exatamente porque (por incrível que pareça apesar de contar minha vida num blog eu sempre fui e sou fechada). Ela não fazia por mal, mas é normal gente jovem que convive com adolescente dá um de conselheiro. Ela brincava dizendo (quando saiamos as 6 no carro dela) que parecia aquelas baby-sitter de adolescente americano.
Pessoa muito firme, passava um livro(ou um assunto) por semana pra agente ler e resumir, era uma boa influência, dava bons conselhos e aprendi muito com ela, por ser muito determinada. Por ser firme, eu vou confessar que tinha horas que morria de medo. Num sei nem porque, sempre me relacionei bem com hierarquia e nunca tive medo de autoridade. Mas nesse caso era diferente ela realmente me intimidava. E como eu era talvez a mais distante ela fazia algumas coisas pra implicar mesmo comigo, sei lá. Talvez seja o jeito dela.
O fato é que no último sábado, ela estava de férias aqui no meu estado e eu fui convidá-la pra fazer uma parte na sala dos jovens. Quando eu chamei ________ ela me olhou da mesma forma que me olhava naquela época, me encarou assim de forma diferente, e como sempre fazia naquela época falou: Simmm Lídia. Minha nossa! Eu gelei, fiquei tão tímida que quase não sai a pergunta, me senti por instantes com 14 anos, e comecei: É pooorque eu queriiiia saber se… e aí pronto passou a timidez e comecei a conversar normalmente. Ufa! Lembrei dos meus 14 anos. E como era bom essa época. Agora passou, ficam as lembranças, o carinho e as amizades construídas.
Qualquer dia conto umas historias desse grupo (Shekinah) pra vocês.
Boa Semana!